terça-feira, 18 de março de 2008

ZAHA HADID


Nascida em Bagdad, em 1950, formou-se em Matemática na Universidade Americana de Beirute e depois em Arquitetura na Architectural Association (AA), em Londres. Depois de se graduar arquiteta integrou o Office for Metropolitan Architecture (OMA) trabalhando com Rem Koolhaas.
Única arquiteta a ganhar o prêmio Pritzker de Arquitetura em 2004, pelo conjunto de sua obra e premiada também pela Ordem do Imperio Britanico, Zaha Hadid tornou-se a única mulher a ingressar no grupo de estrelas dos arquitetos internacionais.
Identificada com a corrente desconstrutivista da arquitetura, Zaha inicia sua carreira individual em 1979, em Londres. Evitando o dogmatismo, coloca em seus projetos a deformação, a justaposição e a estratificação, e introduz complexidade nos objetos arquitetônicos.
Sabe que não é completamente aceita por concretizar propostas fortes, mas mesmo assim, defende que "é muito importante construir projetos teóricos, ou seja, os projetos ideológicos, pois desse modo transcende a idéia de fazer estruturas interessantes para conseguir verdadeiras estratégias construídas."
Os projetos de Zaha são dinâmicos e muitas vezes passam a sensação de movimento. Os interiores são riquíssimos, pois ela manipula perfeitamente as paredes e planos mesclando forma x função x estrutura ( o qual é o terceiro elemento introduzido por ela ao velho sistema modernista), um exemplo claro dessa tríade pode-se notar no projeto construído do centro de ciências em Wolfsberg na Alemanha.
Sua arquitetura complexa tem os mais convincentes argumentos para produção de um espaço arquitetônico, por seus estudos, sua base teórica e imaginação. Por esses atributos, acrescentados da sua relativa pouca idade, das dificuldades e críticas que enfrentou (por ser mulher num meio ainda preconceituoso) que ela é um ícone da arquitetura contemporânea que vem influenciando direções no campo, redefinindo e estabelecendo novas fronteiras para arquitetura, representação, construção e prática.
Zaha já faz parte do star sistem e suas obras são uma contribuição para humanidade.
Durante mais de duas décadas, a arquiteta não conseguiu viabilizar seus projetos: famosa internacionalmente pelos concursos vencidos, ela não tinha obra construída. Mas 2003 foi, até agora, o grande ano dela. Além de receber o Prêmio Mies van der Rohe de melhor edifício da Europa, viu concluída uma de suas obras mais importantes obra: o Rosenthal Center for Contemporary Art, em Cincinnati, Estados Unidos, cujo concurso venceu em 1998. O edifício foi considerado o mais importante museu norte-americano desde o pós-guerra. Foram concluídos também a estação de Estrasburgo, França, e a rampa de esqui em Innsbruck, Áustria, finalizadas em 2001 e 2002, respectivamente. Estes dois projetos renderam à arquiteta capas de revistas em todo o mundo.
Zaha também foi a primeira mulher a receber o prêmio Pritzker, durante os 26 anos de existência deste prêmio.
Paralelo a isso ela se consagrou professora, com passagens por Harvard, pela Universidade de Chicago, por Columbia e pela AA.
Entre os concursos mais importantes venceu, entre outras competições, o The Peak, em Hong Kong, China (1983); o Kurfürstendamm, em Berlim (1986), e o Centro de Arte de Mídia de Düsseldorf (1993), ambos na Alemanha.

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